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Á Porta da Vida
Aldina Duarte
A la puerta de la vida
Á Porta da Vida
Llamé a la puerta de la vida
Bati á porta da vida
Me arranqué los huesos de mi mano
Rasguei os ossos da mão
Huí de perros ladradores
Fugi de cães a ladrar;
Me han golpeado muchas veces
Fui muitas vezes vencida
Dejé un rastro en el suelo
Deixei um rasto no chão
Pero no dejé de cantar
Mas não deixei de cantar
Llamé a la puerta de la vida
Bati á porta da vida
Me secé la cara hasta mis mangas
Sequei a cara nas mangas
volteé mis ojos hacia el cielo
Virei os olhos ao céu
Me entregué al fado vestido así
Dei-me ao fado assim vestida
De amor, celos y enojados
De amor, ciúmes e zangas
Porque este destino soy yo
Porque este fado sou eu
Ningún cuchillo me corta
Nenhuma faca me corta
Perdí mi miedo al mar
Perdi o medo do mar
Tomé el mar de vencidos
Levei o mar de vencida
Encontré mi puerta
Encontrei a minha porta
Nunca dejé de cantar
Nunca deixei de cantar
Y vivo a la puerta de la vida
E moro á porta da vida
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