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Refúgio
Aldina Duarte
Refugio
Refúgio
Te pasas el tiempo corriendo
Passa-se o tempo a correr
Mientras la vida se vaya
Enquanto a vida deixar
Esperaremos como siempre
Esperaremos como sempre
Que alguien venga a salvarnos
Que alguém nos venha salvar
En una casa abandonada
Numa casa abandonada
Muerte redonda sin llorar
Ronda a morte sem chorar
De lo que no quedaba nada
Do que foi não ficou nada
Para aquellos que se van y quieren quedarse
Pra quem parte e quer ficar
No hay nadie en la soledad de mis pasos
Não há ninguém na solidão dos meus passos
Y poco a poco, los abrazos
E pouco a pouco, os abraços
Son la cruz del día oscuro
São a cruz do dia escuro
Alguien vendrá a matar estas penas para siempre
Virá alguém matar de vez estas mágoas
Caminando por las aguas
Caminhando sobre as águas
Sin pasado y sin futuro
Sem passado e sem futuro
Deja que el mar de nuestra incertidumbre
Que o mar da nossa incerteza
Sé la fuerza que nos ciega
Seja a força que nos cega
Cuando la tierra nos desprecia
Quando a terra nos despreza
Y el cielo niega nuestra rendición
E o céu nega a nossa entrega
En el balanceo de la canoa
No embalo da canoa
Se quedan dormidos indefensos
Adormecem desvalidos
En el sonido de las olas para nada
No som das ondas à toa
La voz de los cuerpos vencidos
A voz dos corpos vencidos
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