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Cabaré
Aldir Blanc
Cabaret
Cabaré
En la puerta, lentas luces de neón
Na porta lentas luzes de neon
Flores crepon marchitas sobre la mesa
Na mesa flores murchas de crepon
Y la luz granate se filtraba entre conversaciones
E a luz grená filtrada entre conversas
Inventa un nuevo amor, promesas locas
Inventa um novo amor, loucas promessas
De la cosecha sin tirantes, emerge el cantante norteño
De tomara-que-caia surge a crooner do norte
Ni aplausos ni abucheos: un silencio mortal
Nem aplausos, nem vaias: um silêncio de morte
Ah, quien sabe de ti en estos bares oscuros
Ah, quem sabe de si nesses bares escuros
Quién sabe de los demás, los bares, las paredes
Quem sabe dos outros, das grades, dos muros
En el drama sofocado en cada rostro
No drama sufocado em cada rosto
El lodo de no ser lo que querías
A lama de não ser o que se quis
La llama casi muerta de un sol poniente
A chama quase morta de um sol posto
La dama de un pasado más feliz
A dama de um passado mais feliz
Un IVA libre tiembla en la mano fría
Um cuba-libre treme na mão fria
Al triste striptease de agonía
Ao triste strip-tease da agonia
De cada uno que abandona el cabaret
De cada um que deixa o cabaré
Afuera la luz del día lastima los ojos
Lá fora a luz do dia fere os olhos
Ah, quien sabe de ti en estos bares oscuros
Ah, quem sabe de si nesses bares escuros
Quien sabe de otros
Quem sabe dos outros
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