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Quando uma flauta cruza a noite igual a um dardo
Ferindo o peito do bardo
Com um som humilde, más belo
Eu já sabía
Que só poderia fazer melodia
Desse jeito singelo
Era o meu Camunguelo

Era o meu Camunguelo magro
De boné branco
Torcida nativa
E sempre zangado
Um São Jorge da Estiva
Figuraço
Que nossas noitadas tanto perdura
E não tem esse papo
Bonito enquanto dura
Aí palhaços: Não julguem
A obra futura
Nós é que sabemos o que dói
Quando quebra a dentadura

Camunga, comunga com a gente
Nesse samba
Eterniza você de boné
Flauta - umbanda!
Camunga, caminha no rumo da lua
Que ela faz dengo pra ti e murmura
Peraí, que eu ainda tô nua

Escrita por: Aldir Blanc / Moacyr Luz. ¿Los datos están equivocados? Avísanos.

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