Se não for, que viva

algo rítmico

Parte do que sinto é saudade de casa
Parte do que digo é vontade de ser
Nem que por um dia a criança correr
Pela chuva fina, pisar na poça rasa

Que ficou tão funda quando tive de deixar
A criança em mim crescer e ver aliciar
Todos os seus desejos numa busca infinita
Que deixou a vida muito menos colorida

E agora está de volta sempre com hora marcada
Um sábado cinzento, um domingo displicente
E faz com que se coma quente
O único sabor que amarga a boca e depois trava

O peso de viver, a hora de deitar
E então se engole seco a saliva
Sem tempo de chorar
Sem chance de esquecer
Que a vida é isso e se não for
Que viva

Parte do que finjo eu aprendi no dia a dia
E quem me ensinou partiu sem nem se despedir
Porque no mundo quando é preciso dividir
A gente sempre escolhe qualquer coisa que alivia

O corpo no trabalho que sequer descansa
As mãos a se abrirem sem doar bondade
Talvez eu não devesse ficar na cidade
Se é longe daqui que a minha alma dança

A perceber que não precisa do sucesso
Tão pouco dos diplomas que tão nobre inspiram
Já que a alma pede o que outros nos tiram
Na hora em que a palavra se confunde em verso

Eu me transformo em outro
Eu me desfaço em outro
Mas outro não sou eu
Se não for quem eu era
Antes de saber compor essa canção


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