visualizaciones de letras 8

Caminho da Morte - O Silêncio Eterno

Algoritmo Sonoro

Existem vinte e dois caminhos gravados no mundo
Vinte e duas verdades
Vinte e dois destinos profundos
Alguns buscam luz
Outros fogem do fim
Mas todos terminam onde a morte sorri pra mim

Entre portas
Loucura
Tempo
E corrupção
Existe um caminho que não pede redenção
Não promete salvação
Não oferece evolução
Só o silêncio eterno no fim do perdão

Na sequência nove
O Colecionador de Cadáveres
No frio da noite eu caminho entre restos
O Sol me fere
A pureza é um protesto
Meu corpo esfria
Minha sombra se estende
Os mortos me veem e não me ofendem

Vejo almas quebradas
Ossos e emoções
Leio cadáveres como antigas canções
Entre autópsias e visões do além
Eu já não sou vivo
Não sou ninguém

Na sequência oito me torno um Coveiro
Cavo a terra ouvindo vozes que choram
Espíritos sussurram
Me guiam
Imploram
Meus olhos ficam cinzas
Depois sem cor
Encontro fraquezas onde existe só horror

Com mãos espectrais eu prendo o destino
Olho a morte de cima num plano divino
Entre o mundo dos vivos e o reino final
Sou aquela que enterra e observa o mal

Somos o fim que caminha sem pressa
O silêncio onde toda vida cessa
Do primeiro suspiro ao apagar da criação
Tudo morre sob a mesma condenação

Quando a cor se apaga
O tempo se curva
O destino ajoelha
A existência murmura
Não há luz
Não há fuga
Não há salvação
Só a Morte reinando na eterna escuridão

Na sequência sete o Médium desperta
Agora eles falam direto comigo
Natureza
Mortos
Inimigos
Canalizo sombras
Gelo e pântano

Faço do espírito o meu próprio cântico
Eles me veem como um igual
Nem vivo nem morto
Algo anormal
Almas caídas contam seus segredos
E cada resposta cobra mais medo

Na sequência seis O Guia Espiritual
Eu ordeno legiões sem dono
Mil mortos marcham ao meu redor
Arranco o espírito do corpo
Faço da carne um erro menor

Ressuscito ossos sem vontade
Escravizo almas pela verdade
Minha voz ecoa no mundo espiritual
E até espectros temem meu sinal

Na sequência cinco sou um Guardião
O portão se abre na palma da minha mão
Submundo chama
Não há salvação

Tentáculos
Vinhas
Mãos sem pele
Arrastam destinos pro fundo dele
Carrego infernos dentro de mim
Almas presas até o próprio fim

Sou a fronteira entre o aqui e o lá
Quem cruza meu olhar não volta mais

Na sequência quatro me torno Imortal
Agora eu morro e retorno outra vez
Sessenta anos
Memórias em maré
Cada morte grava uma marca no rio
Escuridão Eterna conhece meu frio

Meu corpo não cai
Minha alma não parte
Entre físico e espírito eu faço arte
Libero a forma que não devia existir
Serpente emplumada começando a surgir

Na sequência três sou um Barqueiro
Eu toco com a direita e a vida responde
Com a esquerda nem deuses se escondem
Meu olhar carrega o fim absoluto
Quem cruza meus olhos já está no luto

Caminho no Estige sem afundar
Sou o meio
Não o começo e nem o final
Respondo orações no silêncio profundo
Sou a travessia do mundo pro Submundo

Somos o fim que caminha sem pressa
O silêncio onde toda vida cessa
Do primeiro suspiro ao apagar da criação
Tudo morre sob a mesma condenação

Quando a cor se apaga
O tempo se curva
O destino ajoelha
Existência murmura
Não há luz
Não há fuga
Não há salvação
Só a Morte reinando na eterna escuridão

Na sequência dois o Cônsul da Morte
Ergo cidades onde a vida apodrece
Quem respira perto de mim desaparece
Reino dos mortos sob meu comando
Até anjos caem quando estou julgando

Morrer já não me apaga mais
Sou rei mesmo depois do jamais
Escravizo destinos pela hierarquia
Sou morte viva
Eterna agonia

Na sequência um O Imperador Pálido
Toda cor morre quando eu apareço
O tempo apodrece ao sentir o medo
Poderes falham
Conceitos se desfazem
Até a própria morte começa a entrar em colapso

Minha presença silencia pensamentos
Almas se curvam sem argumentos
Eu decreto e o mundo obedece
Quem eu aponto simplesmente desaparece

Na sequência Zero torno-me a Morte
Agora não sou fim
Sou o destino
Vida morre
Memória morre
Conexões deixam de existir
Até a existência esquece que foi real
Tudo termina no meu abraço final

Sou a fonte dos mortos
O senhor do silêncio
O último suspiro da própria criação
Mas a morte
Nunca caminhou sozinha

A Deusa da Noite Eterna tomou este caminho
Fundiu a escuridão ao destino sozinha
Amanises não observa
Ela conduz o fim
O silêncio antes do término
A noite sem fim

O Caminho da Morte pertence à Escuridão
E no fim de tudo
Só a Deusa permanece

A luz é breve
O escuro é lei
No fim de tudo
Serei eu quem te dei

O descanso
O frio
O beijo final
O sono eterno
O abraço Imortal


Comentarios

Envía preguntas, explicaciones y curiosidades sobre la letra

0 / 500

Forma parte  de esta comunidad 

Haz preguntas sobre idiomas, interactúa con más fans de Algoritmo Sonoro y explora más allá de las letras.

Conoce a Letras Academy

¿Enviar a la central de preguntas?

Tus preguntas podrán ser contestadas por profesores y alumnos de la plataforma.

Comprende mejor con esta clase:

0 / 500

Opciones de selección