Sobra
Andre Van Drunen
A mão que levanta o cinto
Sinto perder o seu canto
Santo pro meu espanto
Em prantos do tanto que deixei de ser
Mas passado não se muda
Se estuda pra entender o presente
Remanescente que sobrou na gente
Gente de toda cultura
Leitura e a cura é a dura
Soltura da ditadura de ser
Tudo igual, tal e qual
Bem e mal não tá assim tão consensual
Emoldura a criatura, livre e pura
E pendura a pintura pro mundo ver
Solta a mente dos cercos
Te cerca de quem te solta
Volta pra teu começo
E faz as pazes com a parte que sobra
Sente o peso sumindo
Indo embora de cena
Sina de quem se permite
Metamorfosear
Trocar, truncar, treinar, trincar
Tramar, transparecer, transpor, traumas
Sobressair, saber entrar
Sobreviver com o que sobrar
Na sombra do som, na sombra do Sol
Na sombra do sal, na sobra de si
Na sombra do som, na sombra do Sol
Na sombra do sal, na sobra de si
Solta a mente dos cercos
Te cerca de quem te solta
Volta pra teu começo
E faz as pazes com a parte que sobra
Na sombra do som, na sombra do Sol
Na sombra do sal, na sobra de si
Na sombra do som, na sombra do Sol
Na sombra do sal, na sobra de si
Na sombra do som, na sombra do Sol
Na sombra do sal, na sobra de si
Na sombra do som, na sombra do Sol
Na sombra do sal, na sobra de si



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