Caçada de Sapo

Caza de Sapo

Caçada de Sapo

Mi gente, les contaré de una caza muy importante, che. Dado que la rana es un plato muy fino pero muy caro, decidí cazar sapo, aunque es probable que vaya solo, invité a mi vecina, che, aceptó de inmediato, por supuestoMeu povo, contar pra vocês de uma caçada muito importante, chê. Já que rã é um prato muito fino, mas é muito caro, resolvi caçar sapo, mas é capaz que vá sozinho, convidei minha vizinha, chê, concordou de vereda, é claro, né

Antiguamente, los pobres vivían felices y, con esta crisis del paísAntigamente, o pobre vivia feliz e, com esta crise do país
Ya estoy hecho un trapoEu já estou virado em trapo
Creo que mañana será peor, ya me harté de comer ranaCreio que seja pior o dia de amanhã, já enjoei de comer rã
Estoy loco por comer sapoTô louco é pra comer sapo

Mi vecina, que era una buena persona, fuimos los dos al estanqueMinha vizinha, que era uma boa pessoa, fumo' nós dois pra lagoa
Con el agua hasta las rodillasC'o a água a meia costela
Aprovechamos que el vecino salió y ella agarró al bichitoE aproveitemo' a saída do vizinho e ela agarrou o bichinho
Y lo metió en la olla, me invitó a cenarE atrafuncou' na panela, me convidou pra jantar
Solo para probar su sapoSó pra provar o sapo dela

Y me fui para allá, como si no quisiera nada, ¿no?E eu me bandeei pra lá, como quem não queria nada, né

En su casa, llegué sigilosamente, pinché al bichitoNa casa dela, eu cheguei devagarinho, eu espetei o bichinho
Preparé una cena deliciosaFiz um jantar delicioso
Esponjoso y gordito, parece que lo estoy viendoFofo e gordinho, parece até que eu estou vendo
Y amanecí comiendo ese sabroso sapoE eu amanheci comendo aquele sapo gostoso

Y comí tanto que me quedé con las piernas flojas y, al salir el solE eu comi tanto que fiquei de perna mól' e, já no sair do Sol
Casi estaba reventadoEu tava quase repunado
Y mi vecina es de las que no se achicanE a minha vizinha é dessas que não têm retovo
Me dijo: ¡Pincha de nuevo y come a tu gusto!Me disse: Espeta de novo e coma bem do teu agrado
Que mi marido no está, vamos a engañar a ese malvadoQue o meu marido não tá, vamo' lograr esse malvado!

Ya que el sol sale para todos, deja un pedacito para el animal viejo, cheJá que o Sol nasceu pra todos, deixa um pedacinho pro animal véio', chê

Le dije con toda delicadeza: ¡Crecí en la pobrezaFalei pra ela com toda a delicadeza: Eu me criei na pobreza
Y como la carne que venga!E como a carne que vier!
Asustado y casi conmovido, me dio el sapo de nuevoApavorado e quase que me comovo, me deu o sapo de novo
Para que lo coma en el desayunoPra mim comer no café

Y mi vecino, indio rudo y recio, bravo y desconfiadoE o meu vizinho, índio xucro e retovado, xirú brabo e desconfiado
Peor que un duendePior de que uma caipora
Y mi vecina me dijo: ¡No te preocupes!E a minha vizinha me disse: Não faça conta!
Tomó mi bolsa de compras y la puso afueraPegou o meu saco de compra e botou do lado de fora
Puso el sapo en mi bolsa y tuve que llevarloBotou o sapo no meu saco e eu tive que levar embora

Bueno, señora, ya que está en la bolsa, ¿qué voy a hacer? Me voy y me lo como todo ahora, que tu marido se quede con las manos vacías, este reyenteBom, minha senhora, já que tá no saco mesmo, que que eu vou fazer? Vou embora e vou comer tudo agora, teu marido que fique na mão, esse reinento