Quadros (part. Ashira e Luccas Carlos)

Quadros (part. Ashira e Luccas Carlos)

Ahn, ahn
Ahn, ahn, ei, ei, ahn

Tô correndo atrás de tudo aquilo que esse mundo tem pra me dar
O que essa vida tem pra me dar?

Ei, ei, ei
Yeah-yeah, ê-ê-ê

E a falta do básico nos fez querer ter mais que o necessário
Salários baixos, sonho de um milionário
Meu desejo virou meu adversário
Castelos imaginários
Personagens e cenários
Navegar sem naufragar por esses mares
Na executiva, o sorriso da comissária
E viver pouco como um rei ou muito como um zé?
Essa ainda não sei responder, hah
E o porco com a lei e eu seguindo na fé
De que eles nunca vão me prender, ah
Nunca vou me submeter (aham)
Nunca vão me deter
Éramos a cinza e agora somos o fogo
E não há nada que eu não possa fazer, ahn
Tem coisa que só acredito vendo
Coisa que nem acredito que tô vendo
Shh, ver e ficar quieto
A rua tem dois mandamentos
Uns ficam de olho nos rendimentos
Já é tarde pra seu arrependimento
Pra abrir sua mente, eu não sou um cirurgião
Mas sei qual o procedimento
Quando criança, eu sonhava em crescer e ter todo o melhor dessa vida
Hoje eu sou um homem crescido
E a criança em mim ainda é viva
A vida é um filme de ação, de terror ou de tragédia
Eu só não posso ter um fim de comédia e vice-versa
Vitorioso e não um vice que versa (plow, plow)

Heróis vestem capa, salvam pátrias, detêm balas
Medalhas de prata não valem nada
Batalhas são quadros de um passado inalterado
E o que resta sempre são quadros
Os copos gelados
Trazem corpos gelados à tona
Dizem que a morte é o preço da honra
Eu não sei
Homens seguem leis
E mesmo assim morrem por causa das leis

Vi um homem de muitos quilos
Morrendo por poucas gramas, é
Vi um homem desconhecido
Morrendo atrás de fama
Um homem morrer de amor pela mulher que não o ama, é
De um quadro grave, eu faço um quadro de arte
Rimando a vida, somos a voz da cidade
Que nos divide em facções, drogas e armas
Broncas e áreas
Temos um jeito de nascer, mais de mil pra morrer
E quem tá preparado para o qual vai ser?
Robocop é o herói só na TV
Então, nem sempre a arte imita a vida
Sobre o que ninguém vai falar, só nós podemos falar
Começar uma nova e terminar uma antiga briga
E a situação não muda
Vocês sabem o que plantam e o que colhem na muda
Na gorjeta miúda
Um de confiança se tornou um Judas, é
E o mal assombra, e o barco afunda
Na pequena fenda feita com a sonda do medo
Depois da infância, são caro os brinquedos
Errei quando pedi sua ajuda
Se não pode com eles
Junte-se a eles, faça parte deles, infiltre-se neles
E, quando tu tiver lá dentro, mate todos eles, é
Tentamos conversar, tentamos resolver
Eles fingem não escutar, mas agora eles vão ver
Fizemos o inferno subir, ah
Fizemos o céu descer, ah (plow)

Heróis vestem capa, salvam pátrias, detêm balas
Medalhas de prata não valem nada
Batalhas são quadros de um passado inalterado
E o que resta sempre são quadros
Ouro, uh, tesouros
Sorte ou agouro, se eu não mato, eu morro, uh
Sangue nas pinturas
Pelos diamantes, nas molduras

Nas molduras
Pelos diamantes (pelos diamantes)
Nas molduras
(Nas molduras)

Ahn, ahn
Ahn, ahn, ei, ei, ahn

Tô correndo atrás de tudo aquilo que esse mundo tem pra me dar
O que essa vida tem pra me dar?

(Ei, ei, ei)
Ê-ê, yeah, ê-ê