Pandora
Bruno Cee
Não sei mais quem eu sou, depois da guerra que trilhei
Soldado vai e vem, e o sangue mancha a roupa
Não sei o que querer, se é que eu quero algo
Me faz bem o prazer mas depois a dor consome
Mesmo que as coisas vão de mal a pior
Não há quem tem de permitir
Não há quem sente o que eu senti
Mesmo que as coisas vão de mal a pior
Não há quem tem de permitir
Não há quem sente o que eu senti
Estou preso
Num baú de pandora
Com pessoas que ignoram
Pessoas que eu vou ignorar
Estou com medo
De ser a ovelha negra
Em um mundo de rebanhos
Que não permitem colorir os seus currais
Me perco em solidões no meio dessa multidão
Será que o tempo diz qual é o melhor remédio?
Será que cegos são, ou só não querem ver?
Me faz bem o prazer, por que só não basta isso?
Mesmo que as coisas vão de mal a pior
Não há quem tem de permitir
Não há quem sente o que eu senti
Mesmo que as coisas vão de mal a pior
Não há quem tem de permitir
Não há quem sente o que eu senti
Estou preso
Num baú de pandora
Com pessoas que ignoram
Pessoas que eu vou ignorar
Estou com medo
De ser a ovelha negra
Em um mundo de rebanhos
Que não permitem colorir os seus currais
Baú de pandora
Não demora
A me atormentar
Mas vai ter a hora
Em que o agora
Será de muito amar
Amar eu vou
Amar eu sou
Amar eu vou
E não importa quem há de contrariar
Amar eu vou
Amar eu sou
Amar eu vou
E não importa quem há de contrariar
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