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Palavras Minhas
Carlos do Carmo
Mis Palabras
Palavras Minhas
Las palabras que has dicho y ya no dices
Palavras que disseste e já não dizes,
palabras como un sol que me quemó
palavras como um sol que me queimava,
Ojos locos de un viento que sopla
olhos loucos de um vento que soprava
en los ojos que eran míos, y más felices
em olhos que eram meus, e mais felizes.
Palabras que dijiste y dijiste
Palavras que disseste e que diziam
secretos que eran lentos en los días
segredos que eram lentas madrugadas,
promesas imperfectas y murmurantes
promessas imperfeitas, murmuradas
mientras nuestros besos lo permitían
enquanto os nossos beijos permitiam.
Palabras que solías decir, sin sentido
Palavras que dizias, sem sentido,
sin quererlos, pero sólo porque eran
sem as quereres, mas só porque eram elas
que trajo la calma de las estrellas
que traziam a calma das estrelas
La noche que me soplaba en el oído
à noite que assomava ao meu ouvido...
Palabras que no dices, ni lo eres
Palavras que não dizes, nem são tuas,
que murió, que en ti ya no existe
que morreram, que em ti já não existem
que son mías, sólo mías, porque persisten
- que são minhas, só minhas, pois persistem
en la memoria que arrastre por las calles
na memória que arrasto pelas ruas.
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