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Elegia do Amor
Carlos do Carmo
Elegía del Amor
Elegia do Amor
Recuerda mi amor de las tardes de otoño
Lembras-te meu amor, das tardes outonais
Los dos iríamos solos, a dar un paseo
Em que íamos os dois sozinhos, passear
Lejos de la gente alegre y las parejas
Para longe do povo alegre e dos casais
¿Dónde sólo Dios podía oírnos hablar?
Onde só Deus pudesse ouvir-nos conversar?
Me miraste, a veces distraído
Olhavas para mim, ás vezes distraída
Como los que ven el mar por la tarde, desde las rocas
Como quem vê o mar á tarde, dos rochedos
Y seguí soñando, como una ola de sueño
E eu ficava a sonhar, qual onda adormecida
Cuando el viento también duerme en los árboles
Quando o vento também dorme nos arvoredos
Estabas hablando de la luz de la luna, el bosque, más amor
Falavas do luar, dos bosques, mais do amor
De los ciegos sin pan, de los pobres sin manto
Dos ceguinhos sem pão, dos pobres sem um manto
En cada palabra había dolor y dolor
Em cada tua palavra havia etéria dor
Por eso tu voz me impresionó tanto
Por isso a tua voz me impressionava tanto
Y la luna para nosotros los brazos extendidos
E a lua para nós os braços estendeu
Nos unió en un espléndido y profundo abrazo
Uniu-nos num abraço esplêndido e profundo
Y nos llevó a los dos con ella al cielo
E levou-nos os dois com ela atá aos céus
Sólo tú te quedaste y yo regresé al mundo
Somente tu ficaste e eu regressei ao mundo
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