Candongueiro do Fuzuê
Carlos J. Fernandes
Rabo de Arraia pra começar
Ponteando o chibatar
O Candongueiro do fuzuê
Riscando o chão no catopê
Negro Mouro da lapinha
Frade negro da cozinha
Da casa de Seu Chico
Africano Seráfico
Eh Capoeira, eh Capoeira
O povo canta e dança
Festa de Cangongo
Levanta a saia
Desliza no chão
Não é hora da sujeição
Clarão da Lua Cheia
Que o Malungo Alumeia
O melado se meche assim
A água ardente no pixaim
Eh Capoeira, eh Capoeira
Mata virgem do desbravado
Lugar de bicho do abate
A falação é um dislate
Cantando esta ladainha
Guarda água na quartinha
Prá chegar na igrejinha
No além mar
De joelho Inebriar
Oyeoyo Oyeoyo! Ossaim
A água ardente no pixaim
Eh Capoeira, eh Capoeira
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