
Crescente Macharrona
César Oliveira
A enchente chega tapando todo o banhado
E o Santa-Fé pega o nado
Quando vem clareando o dia
A vaca berra no pelado do rodeio
Reclamando o tempo feio
Comendo a palha da cria
O vento sopra num galope desbocado
Se batendo no alambrado
A água costeia o cerro
Faz redemoinhos quando pecha no meu mouro
Murmura berros de touro Lavando o lombo do aterro
E eu de novo vou botá o braço na enchente
Porque a crescente desta vez foi macharrona
O rio tranqueia se escorrando nas barranca
Babando uma espuma branca
Igual potra redomona
Com fé nas linha
Volto de novo ao pesqueiro
E o pintado pescoceiro
Se rebolqueia no anzol
E o aguaceiro vai rolando
Vai rolando
E o aguapé sarandeando
Se perde nos caracol
A esperança rebrota junto ao gramal
Pois renasce o banhadal
Depois que a enchente se vai
O rio matreiro matreireia num bailado
E o posteiro do outro lado
Vara o rio num sapucaí



Comentarios
Envía preguntas, explicaciones y curiosidades sobre la letra
Forma parte de esta comunidad
Haz preguntas sobre idiomas, interactúa con más fans de César Oliveira y explora más allá de las letras.
Conoce a Letras AcademyRevisa nuestra guía de uso para hacer comentarios.
¿Enviar a la central de preguntas?
Tus preguntas podrán ser contestadas por profesores y alumnos de la plataforma.
Comprende mejor con esta clase: