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O Negro de 35

César Passarinho

A negritude trazia
A marca da escravidão
Quem tinha a pele polianga
Vivia na escuridão
Desgarrado e acorrentado
Sem ter direto a razão

Castrado de seus direitos
Não tinha casta nem grei
Nos idos de trinta e cinco
Quando o caudilho era o rei
E o branco determinava
Fazia e ditava a lei

Apesar de racional
Vivia o negro na encerra
E adagas furavam palas
Ensangüentando esta terra
Da solidão das senzalas
Tiraram o negro pra guerra

Peleia, negro, peleia
Pela tua independência
Semeia, negro, semeia
Teus direitos na querência

Deixar o trabalho escravo
Seguir destino campeiro
As promessas de igualdade
Aos filhos no cativeiro
E buscando liberdade
O negro se fez guerreiro

O tempo nas suas andanças
Viajou nas asas do vento
Fez-se a paz, voltou a confiança
Renovaram pensamentos
A razão venceu a lança
E apagou ressentimentos

Veio a lei Afonso Arinos
Cultivando outras verdades
Trouxe a semente do amor
Para uma safra de igualdade
Porque o amor não tem cor
Sem cor é a fraternidade

Peeleia, negro, peleia
Com as armas da inteligência
Semeia, negro, semeia
Teus direitos na querência

Escrita por: Rufino Aguiar e Clóvis de Souza.. ¿Los datos están equivocados? Avísanos.
Enviada por Viviane. Revisiones por 2 personas. ¿Viste algún error? Envíanos una revisión.

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