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Camaleônico

Charel

Imperatriz pediu licença pra sonhar
E celebrar um menestrel camaleão
Que pinta a pele, fere a carne e rói o osso
Ney Matogrosso é bicho solto da canção

Voa com plumas de pavão
Sem medo, com liberdade e ousadia
Xamã tupiniquim em poesia
Neanderthal
Sua coragem revela o bicho homem
Em purpurina e aquarela

Vira, vira, vira, virou
É show! Pra todo povo aplaudir
E a bateria brinca na Sapucaí

Nos palcos com molejo contorcido
Pintou a cara pra não ser reconhecido
O doce e o amargo
Dos Secos e Molhados
Numa bandeja alimenta os sentidos
Seu sangue latino botou pra ferver
É bloco na rua, festa e prazer
Bandido, cigano
Corpo nu iluminado

Pro dia nascer feliz

Escrita por: Becca Lopes / Ismael de Castro / Adílson Madrugada. ¿Los datos están equivocados? Avísanos.

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