Guarde Um Pra Depois
Cria Nativa
Nem sempre as coisas são
Como a gente quer
Nem sempre o que parece ser
Na real, é o que se é
O rastro do sangue pisado
No fumo enrolado, solto na mente
Passado reflete, no plástico
Papel, asfalto do inconsciente
Eu tô devendo o preço das ações
Tô escondido, fino, em meio a multidões
É a fagulha estourando o findar
Pra buscar outra oportunidade de alcançar
Eu já conheci
A altura do chão
Eu já perdi algumas coisas
E aprendi a dizer não
E entendi que outras
Coisas devem estar
Exatamente onde estão
Na sua hora e lugar
Paro e penso no que fiz
O que deixei de fazer
E o que passou por um triz
Na promessa
De um sonho que se foi
Mas sempre guardo um pra depois
Guarde um pra depois
Um pra depois
Guarde um pra depois
Um grito de silêncio ecoava
O som, a fúria e dom
O tempo que restou
E o que sobrava
Ficou no que há de bom
Um grito de silêncio ecoava
Ligando a alma e o firmamento
Deixando livre o que é pra estar
E o que cativas vai voltar
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