
Cores do Axé
Daniel Silva
Caminhos abertos pro Axé
Orum, Ayê
Na imensidão de Olodumarê
Na tela o branco de Oxalá
Xeu Êpa Babá, Xeu Êpa Babá
Raízes, aquarela, energia
Kosi Ewê Kosi Orixá
É folha, seiva viva de Oxóssi
Traz força, ventania de Iansã
Um fogo justiceiro bem mais forte
Meu pai Ogum, mamãe Oxum
Guiando o amanhã
É água salgada de Odoyá
Águas sagradas de Yemanjá
Obá Obá de Xangô
Risca esse chão
Assenta o orixá no xirê desse terreiro
Pinta meu corpo retinto macumbeiro
Tambor, ô ô ô ô, Ogã
Tambor, ô ô ô ô, Ogã
Evoca magia ancestral
Nas ladeiras, ritual
Colorida, a Bahia é canjerê
Nuance de festa emoldurada na fé
Gira baiana carregada de dendê
Eu sou de Jorge, cavaleiro de batalha
Do altar, da feijoada
Dos matizes do amor
E me encontro no Batuk verde e branco
Minha arte é acalanto
Hoje o samba é multicor
Sobe o Morro da Formiga filho de Odé
Faz do pincel o meu ofá
Nas cores do Axé
O Império da Tijuca vem sonhar



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