Pátria Armada (Releitura)

Hã!
Armados de enxadas embainhada como espada
Luta travada nem se quer negociada
Onde a dor se impôs
Cercas, espingardas
Protegem desertos vultos e áreas largadas
Um Brasil que vive em outra era
Uma terra sem lei, ou a lei é sem terra
Mais que uma reforma agraria, já
Serpentes e coronéis, cuspam seu veneno
Passem dos mourões, cães cercas e rebites
Redemarquem, recontruam, reconquistem
Uma marcha pra brasilia, onde o céu é o limite
Pros filhos deste solo

Sem limites, sem limites
Filhos deste sol
Filhos deste solo
Não há mais (trigo!)
Não há mais
Vagas sobre o sol
Vagas sobre o solo

Sem limites, sem limites
Filhos deste sol
Filhos deste solo
Não há mais (sei que)
Não há mais
Vagas sobre o sol
Vagas sobre o solo

Bandeiras vermelhas pelo sangue que escorre
Com os punhos fechados e gritos de ordem
Ocupar, resistir, produzir
Por um Brasil sem latifúndios
Nunca mais desistir
Sabotagem, trama, cinemas, assassinatos no campo
A onde a rede globo edita a cena
Não é preciso ir além da cerca
Contagem dos corpos, mortos pela seca

Passem dos mourões, cães cercas e rebites
Redemarquem, reconstruam, reconquistem
Uma marcha pra brasilia, onde o céu é o limite
Pros filhos deste solo

(4x)
Sem limites, sem limites
Filhos deste sol
Filhos deste solo
Não há mais (sei que)
Não há mais
Vagas sobre o sol
Vagas sobre o solo