
Vida marvada
Ely Camargo
Vancê num sabe como é bom vivê
Numa casinha branca de sapê
Com uma muié a nos fazê carinho
Uma galinha, dois ou três pintinho
Se o sór tá quente a gente arranja rede
Garra a viola presa na parede
Acende o pito, cospe e passa o pé
E deixa a vida como Deus quisé
Eh! Vida marvada
Num dianta fazer nada
Pra que se esforçá
Se não paga a pena trabaiá?
Num sei pruquê que aqui num nasce nada
É só capim, só mato, espinharada
Não nasce arroz, nem mio, nem feijão
Num sei o que que exeste neste chão
De manhã cedo eu óio pra rocinha
Pra ver se as veiz nasceu quarqué coisinha
Mas qual o quê, não nasceu nada não
Prantando nasce, mas não pranto não
Eh! Vida marvada
Num dianta fazê nada
Pra que se esforçá
Num vale a pena trabaiá



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