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Cheiro de Relva (part. Rionegro e Solimões)

Emilio e Eduardo

Como é bonito
Estender-se no verão
As cortinas do sertão
Na varanda das manhãs

Deixar entrar
Pedaços de madrugada
E sobre a colcha azulada
Dorme calma, a Lua irmã

Cheiro de relva
Traz do campo, a brisa mansa
Que nos faz sentir criança
A embalar milhões de ninhos

A relva esconde flores lindas, orvalhadas
Quase sempre abandonadas
Nas encostas dos caminhos

A juriti madrugadeira da floresta
Com seu canto, abre a festa
Revoando toda selva

O rio manso, caudaloso se agita
Parecendo achar bonita
A terra cheia de relva

O Sol vermelho
Se esquenta e aparece
O vergel todo agradece
Pelos ninhos que abrigou

Botões de ouro
Se desprendem dos seus galhos
São as gotas de orvalho
De uma noite que passou

Cheiro de relva
Traz do campo, a brisa mansa
Que nos faz sentir criança
A embalar milhões de ninhos

A relva esconde flores lindas, orvalhadas
Quase sempre abandonadas
Nas encostas dos caminhos

A juriti madrugadeira da floresta
Com seu canto, abre a festa
Revoando toda selva

O rio manso, caudaloso se agita
Parecendo achar bonita
A terra cheia de relva

O rio manso, caudaloso se agita
Parecendo achar bonita
A terra cheia de relva


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