Tropeiro Velho

Viejo Tropeiro

Tropeiro Velho

Sentado al borde del fuego
"Sentado à beira do fogo
Sentir el peso de la edad
Sentindo o peso da idade
Tan triste el viejo tonto
Tão triste o velho tropeiro
Casi muerto de anhelo
Quase morto de saudade
Ochenta años atrás
Oitenta anos nas costas
Siempre has tratado con ganado
Sempre lidou com boiada
Pero nunca en tus viajes
Mas nunca em suas andanças
Dejó un buey en el camino
Deixou um boi na estrada
Ahora ya no puedes hacerlo
Agora não pode mais
Tu viejo cuerpo cansado
Seu corpo velho e cansado
A veces llega a caducar
Às vezes fica caducando
Y empieza a gritar al ganado
E começa a gritar com o gado
Oreja buey, trilla de ganado
Eira boi, eira boiada
Si te asustas, vuelve a tus sentidos
Se assusta, recobra os sentidos
Y de nuevo estar tranquilo
E de novo fica calado
Este viejo de los ochenta
Este velho de oitenta
Tanto para mí representa
Muito pra mim representa
Escucha mis versos rimados
Ouça os meus versos rimados

Viejo tropiezo, qué tristeza
Tropeiro velho, que tanta tristeza
Oculta la cara en la solapa del sombrero
Esconde o rosto na aba do chapéu
Ojos atrapados en el fuego desde el suelo
Olhos cravados no fogo do chão
Mira el humo que sube al cielo
Olha a fumaça subindo pro céu
Rompe una bofetada su sombrero en la frente
Quebra de um tapa o seu chapéu na testa
Olvida a tus ochenta janeiros
Esqueça os seus oitenta e janeiros
Campos de reparación
Repare os campos
Aquí viene el ganado
Lá vem a boiada
Por el camino gritando tropeiro
Pela estrada gritando tropeiro
El viejo tropiezo no levanta los ojos
Tropeiro velho não levanta os olhos
No más fuerza, es el peso de la edad
Não tem mais força, é o peso da idade
Terminado por el borde del fuego
*Acabrunhado à beira do fogo
se está muriendo de tanto anhelo
está morrendo de tanta saudade*

Viejo tropiezo, soy un chico nuevo
Tropeiro velho, sou um moço novo
Te haré una oferta ahora
Uma proposta te farei agora
Dame tu solapa, tu ramita y tu sombrero
Me dá teu pala, o relho e o chapéu
Bombacha, botas y el par de espuelas
Bombacha, botas e o par de esporas
Dame el caballo y el arnés completo
Me dá o cavalo e o arreio completo
Voy a seguir en su lugar tropezando
Vou continuar no teu lugar tropeando
Viejo tropiezo levantó los ojos
Tropeiro velho levantou os olhos
Sentado ahí mismo me abrazó llorando
Sentado mesmo me abraçou chorando
Me besó la cara y cerró los ojos
Beijou meus rosto e foi fechando os olhos
Me dio todo y cayó muerto
Me entregou tudo e morto tombou
Murió feliz porque voy a seguir
*Morreu feliz por que vou continuar
Los tropiezos que amaba tanto
As tropeadas que ele tanto amou*

Lo enterré en el lado de la carretera
Enterrei ele na beira da estrada
Para ver la tropa que pasa y va
Pra ver a tropa que passa e se vai
Lee en la cruz lo sabrás
Leiam na cruz vocês vão saber
El viejo tropiezo era mi propio padre
Tropeiro velho era o meu próprio pai
Adiós a mi padre, tonto de las pampas
Adeus meu pai, tropeiro dos pampas
Tu pensamiento cumplirá con tu hijo
Teu pensamento cumprirá teu filho
Estoy haciendo lo que hiciste
Estou fazendo aquilo que fizeste
Llora a la manada por encima de un lumbilho
Grito à boiada encima de um lombilho
El viejo tropiezo hoy descansa en paz
Tropeiro velho hoje descansa em paz
Estoy haciendo lo que él hizo
Estou fazendo aquilo que ele fez
Los años pasan, también, me hago viejo
*Os anos passam também fico velho
Estoy esperando mi turno
vou esperando chegar minha vez* "

(Raquel Perret)
(Raquel Perret)