Os Meus e Os Seus (Soneto Donato)
Guga Limeira
Meu coração de origami
Amassado entre os seus
Dedos de arame farpado, ai
Meu Deus, quer se desmantelar
As suas mãos de pugilista
Acariciando o meu corpo
De artista aspirante a
Clichê querem me arrebatar
Os seus, os meus
Se embaralharão
Não haverá limites nem
Fronteiras entre
A minha alma, que é de plateia
E aguarda você, alma de
Estreia lotada e turnê
Partindo pra cantar
A sua história, o meu caminho
A nossa memória, o nosso ninho
Iluminando o breu
O nosso, o seu, o meu
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