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Noturno
Gustavo Cunha
Nocturno
Noturno
Entre la tierra y el sol
Entre a terra e o Sol
La Luna insiste en resistir
A Lua insiste em resistir
Luz después
Posterior a luz
En un lado oscuro para expandir
Em um lado escuro a expandir
Lo que mueve el centro
O que move o centro
De cambio en todo lo que alcanzas
De mudança em tudo onde alcança
En contraste con el curso del mundo
Em contrassenso ao curso do mundo
Que de ninguna manera anhelan el cambio
Que em nada almeja a mudança
Porque teméis lo que acontecerá
Pois teme o que virá surgir
En delirio, tú
Em delírio, tu
De certezas desnudas
De certezas nu
Me juegas en la niebla de la abstracción
Me interpretas em névoa de abstração
Cuando el ojo desnudo
Quando o olho nu
En sereno, usted
Em sereno, tu
Me miras en una niebla de percepción
Me observas em névoa de percepção
La melancolía contempla el sur
Melancolia contempla o sul
(Caminar, despierta el curso para transformar)
(Andar, desperta o curso a transformar)
La calle me suda con las palabras que se encogen
A rua me transpassa palavras soturnas
En respuesta al caso del silencio, al caminar
Em resposta à instância de calar, ao andar
La calle me da poesía nocturna
A rua me devolve poesias noturnas
En respuesta al caso del silencio, al caminar
Em resposta à instância de calar, ao andar
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