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Ao Trovador
Helder Moutinho
Al trovador
Ao Trovador
El trovador de los sueños, despertó
O trovador dos sonhos, acordou
Tomó una guitarra y quería cantar
Pegou numa guitarra e quis cantar
Cerró sus ojos tristes y se fue volando
Fechou os olhos tristes e voou
En un sueño de papel y luz de luna
Num sonho de papel e de luar
En su voz, tenía una rabia, una ternura
Na voz, tinha uma raiva, uma ternura
En la mirada, el inmenso mar y la fantasía
No olhar, o mar imenso e a fantasia
En toda lucidez, una locura
Em cada lucidez, uma loucura
Y en cada triste verso, una alegría
E em cada verso triste, uma alegria
El trovador del anhelo
O trovador da saudade
Del presente y del pasado
Do presente e do passado
Canta los versos de la verdad
Canta os versos da verdade
Que descubres en cada fado
Que descobre em cada fado
Tiene una guitarra en su regazo
Tem no colo uma guitarra
Y en el pecho un corazón
E no peito um coração
Que se aferra y correas
Que se agarra e se desgarra
Al gusto de esta canción
Ao sabor desta canção
Sentado en un escalón en esta ciudad
Sentado num degrau desta cidade
Con todas las penas en el ojo
Com todas as tristezas no olhar
El trovador rima un anhelo
O trovador rimava uma saudade
Con papel y versos a la luz de la luna
Com versos de papel e de luar
Y mientras su voz era esperanza
E enquanto a sua voz era esperança
En su mirada la luz del día brillaba
No seu olhar raiava a luz do dia
Como si fuera la voz de un niño
Como se fosse a voz duma criança
Que cantar inventa una alegría
Que ao cantar inventa uma alegria
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