Sei Lá

Pra que fingir frieza, menina
Se não ameniza tua dor?
Eu sei que essa máscara pesa tua vida
Amarga e confunde o interior
Acenda de volta esse brilho no olhar
Afunda na mágoa profunda
Tu tens tantas coisas bonitas pra dar
Não afunda no mar, não se afunda
Eu sei que, no escuro do quarto, habita
Um bicho que murcha tua flor
A flor escondida da luz, com essa pedra
Sem vida, sem cheiro, sem cor

Pra que abusar de tanta frieza?
Pra que se apegar nessa dor?
Não deixe essa pedra pesar tua vida
Não deixe esse peso esmagar, meu amor

Sei lá
De onde vem a tristeza
Sei lá
Me joguei no escuro da estrada, é difícil voltar
Sei lá
Deixa ela passar
Sei lá
Essa mágoa que bate e me bate, um dia vai passar

Não deixa fugir esse brilho no olhar
Não afunda na mágoa profunda
Eu sei, tu tens coisas tão boas pra dar
Não deixe essa maré ruim te levar
Espero que um dia tu cresça e conheça
Aquilo entre o belo e o bom
Que o bicho, por fim, morra e apodreça
Encontre a tua luz radiante e teu tom
Eu sei que, no escuro do quarto, habita
Um bicho que murcha tua flor tão bonita
A flor que tu esconde da luz, com essa pedra
Sem vida, sem graça, que vive deserta

Pra que abusar de tanta frieza?
Pra que se apegar nessa dor?
Não deixe essa pedra pesar tua vida
Não deixe esse peso esmagar, por favor

Sei lá
De onde vem a tristeza
Sei lá
Me joguei no escuro da estrada, é difícil voltar
Sei lá
Deixa ela passar
Sei lá
Essa mágoa que bate e me bate, um dia vai passar
Sei lá
Sei lá
Sei lá
Essa mágoa que bate e me bate, um dia vai passar

Sei lá