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Poeta
Joana Amendoeira
Bardo
Poeta
Poeta, ¿dónde viviste?
Poeta, onde tu foste morar
¿No alcanzarán mis ojos sólo el pensamiento?
Não vão meus olhos chegar apenas o pensamento
Poeta, estrella morena perdida
Poeta, estrela morena perdida
Lejos, tan lejos de la vida
Longe, tão longe da vida
Quién sabe, dónde se eleva el viento
Quem sabe, onde nasce o vento
Buenos días, pude verlo, discreto en su passito
Manhã, podia vê-lo, discreto em seu passito
Buscando la naturaleza deseada
Buscando a natureza desejada
Y por la noche, en la ciudad, paredes de granito
E á noite, na cidade, muralhas de granito
Estaba rodeado de una voluntad entusiasta
Cercavam-lhe a vontade entusiasmada
Para el pecho un amuleto, que suerte era preciso
Ao peito um amuleto, que a sorte era precisa
La suerte para los lusitanos es madrastra
A sorte aos lusitanos é madrasta
Escribió en sus versos lo que la boca indecisa
Escrevia nos seus versos o que a boca indecisa
Se escondió entre la sucia y desgastada barba salvaje
Escondia entre a murtalha suja e gasta
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