
Heranças
Joca Martins
Está chovendo, eu mateio, no meu galpão de espinilho
Alargo a mente de xirú andarilho e me perco a rememoriar
De adonde veio esta ansiedade xucra de mudar de trilho
E essa tendência braba de bandear rio cheio
Está chorando a cordeona nos baixos e nas ilheiras
E o mate amargo me fala de fronteiras, de lanças
De clarins e de choronas, do meu destino de guardião
Dessas bandeiras que foram glórias das querências chimarronas
Pingo, cordeona e chuva, três heranças que não tem dono
Nem sinal, nem marca, nem querência, nem comarca
Mas são meus fletes de tropear lembranças
Meu pingo está relinchando e se agrandam as retinas
Das inquietudes de xirú brasinas
Quando se lembra que viveu peleando
De parceria com este irmão de crinas
Hoje um pretexto pra morrer cantando!



Comentarios
Envía preguntas, explicaciones y curiosidades sobre la letra
Forma parte de esta comunidad
Haz preguntas sobre idiomas, interactúa con más fans de Joca Martins y explora más allá de las letras.
Conoce a Letras AcademyRevisa nuestra guía de uso para hacer comentarios.
¿Enviar a la central de preguntas?
Tus preguntas podrán ser contestadas por profesores y alumnos de la plataforma.
Comprende mejor con esta clase: