
Alma de Galpão
José Claudio Machado
Como faz bem um chimarrão feito a capricho
Quando cevado com o calor da própria mão
A madrugada, negaceando, mostra a cara
Cheiro de garras e pelegos pelo chão
A madrugada, negaceando, mostra a cara
Cheiro de garras e pelegos pelo chão
Como faz bem ouvir um relincho de potro
Já na mangueira, a espera do buçal
Baio Sebruno Cabos Negros de respeito
Que, pelo jeito, não nasceu pra ser bagual
Baio Sebruno Cabos Negros de respeito
Que, pelo jeito, não nasceu pra ser bagual
Como faz bem tomar um banho na restinga
Vestir as pilchas domingueiras pra passear
Ouvir a gaita de oito baixos resmungando
Adivinhando o pensamento do seu par
Ouvir a gaita de oito baixos resmungando
Adivinhando o pensamento do seu par
Como faz bem sentir o gosto da querência
Ouvir um grito explodindo no rincão
O venha, venha do tropeiro nas estradas
Rezando a prece de retorno ao velho chão
O venha, venha de tropeiro nas estradas
Rezando a prece de retorno ao velho chão
Como faz bem lavar a fuça na gamela
Tirar o freio pra, depois, chimarronear
E o gado manso, ruminando junto às casas
E a terneirada, num berreiro pra mamar
E o gado manso, ruminando junto às casas
E a terneirada, num berreiro pra mamar
Como faz bem sentir o cheiro do borralho
Respirar fundo a fumaça de um tição
Rio Grande velho que retrata diariamente
Como se forja uma alma de galpão
Rio Grande velho que retrata diariamente
Como se forja uma alma de galpão



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