
Decifrando
José Fortuna
A mata virgem é sertão, água parada é lagoa
Cana moída é bagaço, dente de ouro é coroa
Ronco no céu é trovão, a chuva fina é garoa
Tudo o que é bom dura pouco, o que é demais logo enjoa
Calor demais é mormaço, pé de boi é mocotó
Quem canta de graça é galo, quem vai na onda é coió
Amor ingrato é desprezo, desprezado vive só
Se fica perto padece, se vai pra longe é pior
Casa caída é tapera, córrego grande é ribeirão
Trio no mato é picada, alto de morro é espigão
Chuva grossa é tempestade, festa na roça é função
Suspiro longo é saudade, soluço triste é paixão
Boi arisco é pantaneiro, cavalo xucro é pagão
O marrueiro é saudoso, nego velho é pai joão
Que vive triste e calado, lembra da ingratidão
A mãe preta que foi morta no tempo da escravidão



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