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Corpo e Alma
Junia Horta
Cuerpo y alma
Corpo e Alma
Tiré mis cuchillos en el suelo
Joguei minhas facas na terra
Subí a la cima de la montaña
Subi para o alto da serra
Tiré mi revólver en las aguas
Joguei meu revolver nas águas
Te dejo olvidar todo lo que duele
Deixei esquecer toda magoa
Desvestir mi armadura
Despir-me de minha armadura
Me bañé en la luz de la ternura
Banhei-me na luz da ternura
Me hice luz de espíritu y carne
Me fiz leve de espírito e carne
Viste los sonidos y canta
Vestir-me dos sons e cantares
Y ahora, libera la espera de llegada
E agora, livre a espera da chegada
Compongo en este rincón de la comodidad
Componho neste canto de aconchego
El baile armónico con alas abiertas
A dança harmônica de asas abertas
En las tumbas pasará en refly
Nos tombos á passar em revoar
Déjame penetrar mi voz
Deixe me a minha voz penetrar
Sus contornos
Seus contornos
Déjame tocar mis manos
Deixe me as minha mãos tocar
En esta calma de los que ven
Em nesta calma de quem se vê
Antes de que los desarmados
Diante o desarmado
De aquellos que me conocen desnudo, cuerpo y alma
De quem me sabe nua, corpo e alma
Ve allí, pájaro indefenso
Chegue se ali, pássaro indefeso
Borra la timidez que insinúa
Apague a timidez que se insinua
Mi gesto entre acoplado
Meu gesto entre aportado
Poco confesó ver vestido así
Pouco confesso de ver assim vestido
Y estoy tan desnudo, desnudo
E eu tão nua, nua
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