Feijão de Corda (part. Luiz Enrique e Jorge Fernando Dos Santos)

O som do coração gerou canção
Na luz da inspiração se fez o grão
Na terra semeou, regou, brotou
A trama pelo chão correu, ficou

E pelo Pau-Brasil, subiu cipó
Pra religar a ideia feito um nó
Num tom maior

Para colher
Feijão de corda é preciso paciência para semear
Para rimar
Cantando coco é preciso sapiência para improvisar

Aprendi com a vida a sobreviver
Se tiver algum repente
O melhor é remexer
Não ganha nada quem não dá

Bem, veja a chuva já chegou
Põe semente no balaio e vem
Semeia a roça
Para poder colher

Abraça o violão, vem dedilhar
Batuca com a mão a ritmar
Um bom maracatu, forró, baião
Tem samba no quintal, angu, feijão
Zabumba, o coração não vai parar
Se liga no refrão e vem cantar
Laiá, laiá

Para comer
Feijão de corda é preciso fogo brando para cozinhar
O nosso amor
Quando acontece, ferve o sangue e vai ardendo sem poder parar

Aprendi que a vida é pra se viver
Se vier algum problema
O melhor é resolver
Não adianta lamentar

Bem, veja a chuva já passou
Pega um panicum-balaio e vem
Colher na roça
Feijão pra se comer