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Mãe de Carvão

Liu e Léu

Montado no lombo da louca saudade
Deixei a cidade, voltei pro sertão
Fui ver minha casa na velha fazenda
O rancho, a moenda, o velho galpão

Cheguei de mansinho olhando pros lados
Meus olhos molhados de tanta emoção
Passei a cerquinha de arame farpado
O angico encorpado me olhou do espigão

Na porta do rancho, bem rente à soleira
Esbarrei na roseira, levei um arranhão
A linda roseira de rosas vermelhas
Puxava a orelha do filho fujão

Passei a saleta e fui pra cozinha
No canto ainda tinha o velho fogão
Olhei pra parede meus olhos pararam
E meus pés ficaram pregados no chão

Revi na parede um rosto traçado
Que há tempos passados eu fiz de carvão
O tempo e a chuva molhou o reboque
E fez o retoque com tal perfeição

Me fez eu criança envolto na manta
No colo da santa seguro em tuas mãos
Seus olhos estavam radiantes de brilho
Segurando o filho e dando a benção

Fechei os meus olhos rezei para ela
Pintada na tela da minha ilusão
Mãezinha querida, meu grande tesouro
Você é de ouro e não de carvão
No mundo onde ando de loucas estradas
Eu sei não sou nada sem sua proteção

Escrita por: José Caetano Erba / Tião Do Carro. ¿Los datos están equivocados? Avísanos.

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