Lembrança de Boiadeiro

Recuerdo del Vaquero

Lembrança de Boiadeiro

Dejé mi tierraEu deixei a minha terra
Cuando pasó la manadaQuando a boiada passou
Y seguí a los vaquerosE segui os boiadeiros
Mi mamá llorando quedóMamãe chorando ficou
Con quince años de edadCom quinze anos de idade
Ya era domadorEu já era domadô
No sabía vivirEu não sabia vive
Pero el mundo me enseñóMas o mundo me ensinou

Domé la mula finaDomei a mula grã-fina
Peligrosa y mezquinaPerigosa e mesquinha
Trabajé con CatimbauTrabalhei com Catimbau
Y viajé con el BatistinhaE viajei com o Batistinha
Él siempre admirabaEle sempre admirava
La valentía que teníaA coragem que eu tinha
Tuve como maestro de faenaTive por mestre de lida
Al añorado FerreirinhaO saudoso Ferreirinha

Hoy transporto manadasHoje transporto boiada
Acepto trabajos muy carosPego a empreitada bem cara
Mi mula DoradaA minha mula Dourada
En una faena es algo raroNuma lida é coisa rara
La onza se echa en la humaredaOnça deita na fumaça
Cuando mi treinta disparaQuando meu trinta dispara
Mi capa es riograndenseMinha capa é rio-grandense
Y no hay lluvia que atravieseE não tem chuva que vara

Mi arreo de plataO meu arreio de prata
Siempre reluciendoAnda sempre reluzindo
Mi cincha suaveMinha baldrana macia
Cubre el pelaje argentinoCobre o pelego argentino
Cada vez que viajoToda vez que eu viajo
Por el camino de Ouro FinoNa estrada de Ouro Fino
Rezo y enciendo velasEu rezo e acendo velas
En la cruz de aquel niñoNa cruz daquele menino

Un vaquero en servicioUm boiadeiro em serviço
No juega y no descansaNão brinca e não descansa
De Mato Grosso a BarretosDe Mato Grosso a Barretos
Muchas leguas de distanciaMuitas léguas de distância
Yo era el capatazEu era o capataz
Venía de Porto EsperanzaVinha de Porto Esperança
Cuando el toro SoberanoQuando o boi Soberano
Salvó a aquel niñoSalvou aquela criança