Mala Amarela/ Saudade da Minha Terra (pot-pourri) (part. Zé Ricardo e Thiago)

Mala Amarilla/ Nostalgia de Mi Tierra (popurrí) (part. Zé Ricardo e Thiago)

Mala Amarela/ Saudade da Minha Terra (pot-pourri) (part. Zé Ricardo e Thiago)

Eran las 4:30, pasaba un ratitoEra 4:30, passava um pouquinho
Y una luz tenue rasgaba el campoE um fosco clarinho rasgava o varjão
Era el tren nocturno, que se acercabaEra o trem noturno, que vinha apontando
Y pronto paraba en la vieja estaciónE logo parando na velha estação

Mi cuerpo temblaba, mis ojos llorososMeu corpo tremia, meus olhos molhados
Mi padre a mi lado y la maleta en el sueloO meu pai do lado e a mala no chão
Besé su rostro y le dije en ese momentoBeijei o seu rosto e disse na hora
El mundo afuera me espera, papáO mundo lá fora me espera paizão

Entré en el vagón, corrí hacia la ventanaEntrei no vagão, corri pra janela
Y tomé la maleta amarilla del viejoE a mala amarela do velho catei
El tren partió, soplando bruscamenteO trem deu partida, soprou bruscamente
Y allí nuevamente besé su manoE ali novamente sua mão eu beijei

Un poco más adelante vi mi casitaUm pouco pra adiante vi minha casinha
Y a mi mamita de pie en la puertaE a minha mãezinha de pé no portão
Ella no me vio y en el tren en la carreraEla não me viu e no trem na corrida
Escuché los ladridos del viejo sultánOuvi as latidas do velho sultão

Un señor de la poltrona vecinaUm certo senhor da poltrona vizinha
Me dijo que venía del ParanazónMe dizia que vinha do Paranazão
Y también dijo de manera cortésE disse também de um jeito cortês
Es la primera vez que dejo el sertónÉ a primeira vez que deixo o sertão

Le pedí consejo y él me dijoPedi seu conselho e ele me disse
Joven, la vejez es muy duraSeu moço a velhice é dura demais
Yo soy mucho más viejo y puedo aconsejarEu sou bem mais velho e posso aconselhar
Es duro estar lejos de los padresÉ duro ficar distante dos pais

Nunca olvidé lo que el viejo dijoEu nunca esqueci o que o velho falou
El tiempo pasó y a casa regreséO tempo passou e pra casa voltei
Quien se queda lejos nunca se conformaQuem fica distante jamais se conforma
En la plataforma vi a mis padresLá na plataforma meus pais avistei

Bajé conmovido, los abracé a él y a ellaDesci comovido, abracei ele e ela
Y la maleta amarilla de mi hijo no viE mala amarela meu filho eu não vi
Papá, créeme lo que te digoMeu pai acredite na fala de um homem
Para no pasar hambre, la maleta vendíPra não passar fome a mala eu vendi

Qué pena, qué pena, era mi recuerdoQue pena, que pena, era minha lembrança
Que traje de herencia de tu abueloQue eu trouxe de herança do seu avô
Pero olvídalo, lo dejaré atrásMais deixa pra lá, eu vou esquecer
La herencia eres tú y ya has regresadoA herança é você e você já voltou

De qué me sirve vivir en la ciudadDe que me adianta viver na cidade
Si la felicidad no me acompañaSe a felicidade não me acompanhar?
Adiós, paulistinha de mi corazónAdeus, paulistinha do meu coração
Hacia mi sertón, quiero volverLá pro meu sertão, eu quero voltar

Ver la madrugada, cuando los pájarosVer a madrugada, quando a passarada
Haciendo alboroto, comienzan a cantarFazendo alvorada, começa a cantar
Con satisfacción, ensillo el caballoCom satisfação, arreio o burrão
Cortando caminos, salgo a galoparCortando estradão, saio a galopar

Y voy escuchando al ganado mugirE vou escutando o gado berrando
Al sabiá cantar en el jequitibáSabiá cantando no jequitibá
Por Nuestra Señora, mi querido sertónPor Nossa Senhora, meu sertão querido
Vivo arrepentido por haberte dejadoVivo arrependido por ter te deixado

Esta nueva vida aquí en la ciudadEsta nova vida aqui na cidade
De tanta nostalgia, he lloradoDe tanta saudade, eu tenho chorado
Aquí hay alguien, dice que me quiere bienAqui tem alguém, diz que me quer bem
Pero no me conviene, he pensadoMas não me convém, eu tenho pensado

Lo digo con pena, pero esta morenaEu digo com pena, mas esta morena
No entiende el sistema en el que fui criadoNão sabe o sistema que eu fui criado
Estoy aquí cantando, escuchando de lejosTô aqui cantando, de longe escutando
Alguien está llorando con la radio encendidaAlguém está chorando com o rádio ligado

Qué nostalgia inmensa del campo y del monteQue saudade imensa do campo e do mato
Del manso arroyo que corta las praderasDo manso regato que corta as campinas
Los domingos iba a pasear en canoaAos domingos ia passear de canoa
En las hermosas lagunas de aguas cristalinasNas lindas lagoas de águas cristalinas

Qué dulce recuerdo de esas fiestasQue doce lembrança daquelas festanças
Donde había bailes y lindas chicasOnde tinham danças e lindas meninas
Vivo hoy en día sin alegríaEu vivo hoje em dia sem ter alegria
El mundo castiga, pero también enseñaO mundo judia, mas também ensina

Estoy contrariado, pero no derrotadoEstou contrariado, mas não derrotado
Soy bien guiado por las manos divinasEu sou bem guiado pelas mãos divinas
A mi mamita ya le telegrafiéPra minha mãezinha já telegrafei
Y me cansé de tanto sufrirE já me cansei de tanto sofrer

Esta madrugada, estaré de partidaNesta madrugada, estarei de partida
Hacia la tierra querida que me vio nacerPra terra querida que me viu nascer
Ya escucho, soñando, al gallo cantarJá ouço, sonhando, o galo cantando
El inhambú piando al oscurecerO inhambu piando no escurecer

La Luna plateada iluminando los caminosA Lua prateada clareando as estradas
La hierba mojada desde el anochecerA relva molhada desde o anoitecer
Necesito ir para ver todo allíEu preciso ir pra ver tudo ali
Fue allí donde nací, allí quiero morirFoi lá que nasci, lá quero morrer