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Ai Timor
Luis Represas
Timor Oriental
Ai Timor
Te lavas los ojos, niegas el beso
Lavam-se os olhos, nega-se o beijo
Desde el laberinto se elige el mar
Do labirinto escolhe-se o mar
En el muelle del desierto se encuentra el deseo
No cais deserto fica o desejo
Desde la tierra cálida para conquistar
Da terra quente por conquistar
Noble soldado que viene, señor
Nobre soldado que vens senhor
Sobre las alas de tu dragón
Por sobre as asas do teu dragão
Besa los cuerpos en el suelo quemado
Beijas os corpos no chão queimado
Nunca tendrás nuestro perdón
Nunca terás o nosso perdão
Timor Oriental
Ai Timor
Las voces se callan
Calam-se as vozes
De tus abuelos
Dos teus avós
Timor Oriental
Ai Timor
Si otros se callan
Se outros calam
Vamos a cantarnos
Cantemos nós
Sales de vientre que no tenías
Salgas de ventres que não tiveste
Cosechar a los niños que no son tuyos
Ceifando os filhos que não são teus
Noble soldado que nunca soñaste
Nobre soldado nunca sonhaste
Ver una espada en la mano de Dios
Ver uma espada na mão de Deus
De la cruz se hace una lanza ardiente
Da cruz se faz uma lança em chamas
Que sangra el cielo en el sol del mediodía
Que sangra o céu no sol do meio dia
Desde el medio de los cuerpos el mismo barro
Do meio dos corpos a mesma lama
Última cama donde nació el amor
Leito final onde o amor nascia
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