Valsa do Sangue
Malú Lomando
Meia noite e algo
Acabei de fazer xixi
E fiquei parada no meu sangue
Eu fiquei menstruada ontem
E o sangue se misturou com a minha urina
Fiquei parada no meu sangue
Como os de tecido
Ele dançava e rodopiava com suas partículas vermelhas
Um belo veludo rasgado
Em frangalhos destruídos
Pairando na água
Era absurdamente lindo
Eu me debrucei no vaso para olhar
Meu sangue era delicado e gracioso
Uma parte de mim que agora me deixava
Produzida pelo meu corpo
Mas que seria, em seguida
Sugada pela descarga para nunca mais vê-la
Era um adeus
O adeus cotidiano
O morrer diário
Eu morri um pouco com aquele sangue
Com aquele momento que passou
Mas meu sangue é vivo
É vida, é morte
Era eu
Mas podia ser meu filho
Podia ser outra vida
Mas ainda assim era meu
E mesmo no momento de nossa despedida
Ele fluía, como se valsasse na porcelana branca
Delirei em pensamentos existenciais
E me abracei
Em qualquer vida e morte
Somos nós
Eu e meu corpo
Eu e meus frutos
E como dou frutos
E como eles são mágicos



Comentarios
Envía preguntas, explicaciones y curiosidades sobre la letra
Forma parte de esta comunidad
Haz preguntas sobre idiomas, interactúa con más fans de Malú Lomando y explora más allá de las letras.
Conoce a Letras AcademyRevisa nuestra guía de uso para hacer comentarios.
¿Enviar a la central de preguntas?
Tus preguntas podrán ser contestadas por profesores y alumnos de la plataforma.
Comprende mejor con esta clase: