Sinestesia
Márcio Noal
A lágrima turva que turva de um único sofrimento
O medo da morte do preto do surdo
om do envelhecimento
Sem cor e sem vontade
Lábios que proferem fartos
Que preferem lábios que sustentam o beijo
Cegos, surdos e loucos somos todos um grande bocejo
Sem cor e sem vontade
Sem avisar os sonhos sem perdem
Vem sem chamar o mal que adorme em
Dura poesia que cega a vida
Lábios que cessarão
Sinestesia ardor
A calma da alma do vinho
Da cama ao furto sustento
Certos que o sol se põe
E levanta em puro contentamento
Sábios de salmos em lutos
Proféticos de um curto reduto
Certos que o sol se põe
E levanta em puro contentamento
Sem avisar os sonhos sem perdem
Vem sem chamar o mal que adorme em
Dura poesia que cega a vida
Lábios que cessarão
Sinestesia ardor



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