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Velho Rancho

Marco Lima

Nestas tardes inverneiras
Mateio dentro do rancho
E o minuano carancho
Faz melodia nas soleiras
Na janela a visão
Minhas garras do galpão
Me chamando pras carreiras

Amanuciada ao fogo de chão
Esta cambona retinta
Hoje parece faminta
Do cinchar da minha mão
Retovadas madrugadas
Lembro antigas jornadas
Do meu mate chimarrão


E tu, cuia pequena
Herança da vó Marieta
Do cerne da canela preta
Herdaste a cor morena
És berço de cevadura
Teu ronco é partitura
Em rodas e cantilenas

Num cepo de araucária
Me acomodo engurujado
O corpo um pouco mermado
Pela fraca indumentária
Reculutando gravetos
Ou acolherando os espetos
Numa chama visionária


Meu fogão a lenha
Embora um pouco simplório
Fiz de ti meu oratório
Pois fazer fogo é minha senha
És cancha dos meus recuerdos
Meus preparos, e fervidos
Pra que taura me mantenha

Por ti, velho rancho miúdo
Cerca um apego estranho
A teus pertences de antanho
De um passado macanudo
Que segredas minha história
Aguçando minha memória
Neste mate topetudo


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