O último trem do sertão
Marcus Vínicius Braga
REFRÃO
Tá no ponto de bala, eh, o doce.
Tá no ponto de corte, eh, o boi.
Tá no ponto de morte, eh, o escravo.
Tá no ponto do trem, tá no ponto.
Tá no ponto do Maria fumaça,
Manhã, tarde e noite, vem e passa.
Esse trem é que é a esperança,
Para essa gente que nunca se cansa,
De arar esse meu sertão...
REFRÃO
Tá no ponto de bala, eh, o doce.
Tá no ponto de corte, eh, o boi.
Tá no ponto de morte, eh, o escravo.
Tá no ponto do trem, tá no ponto.
Tá no ponto, no pingo do "i",
Tem escola para se construir.
Esse trem traz o livro e o mestre
E Jesus leva ao céu nossa prece
De sarar esse meu sertão...
REFRÃO
Tá no ponto de bala, eh, o doce.
Tá no ponto de corte, eh, o boi.
Tá no ponto de morte, eh, o escravo.
Tá no ponto do trem, tá no ponto.
É um ponto lá no horizonte,
Chorando fumaça no azul...
Vai para cidade grande, o concreto,
Vai para quem nunca viu de perto,
A tristeza do meu sertão...
REFRÃO
Tá no ponto de bala, eh, o doce.
Tá no ponto de corte, eh, o boi.
Tá no ponto de morte, eh, o escravo.
Tá no ponto do trem, tá no ponto.
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