
Canto À Despedida de Um Ginete
Mário Barbará
Entre súbitas manobras
Sobem patas repentinas
Dançam no ar e no solo
Quatro leves bailarinas
Vai o ginete a seu posto
No lugar de transição
Onde o lombo é passaporte
Para o céu, ou para o chão
Galopes lentos e aflitos
Somam ágeis movimentos
Um voo cego se ensaia
A cada novo momento
Há tremores caminhantes
Na vibração que se escuta
São os tambores da terra
Dando compasso à luta
Entee nuvens de poeira
Quem vê o salto pressente
Lanceios de homem-pássaro
Mas com asas sempre ausentes
Todas as dores da queda
Num instante vão embora
Se as mãos graves da morte
O atravessam nessa hora
Chegam rosários e lenços
E um silêncio se concede
Sobre o corpo do ginete
Que horizontal se despede



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