
Cavalo Enxuto
Mateus e Cristiano
Eu tenho um vizinho rico
Fazendeiro endieirado
Não anda mais a cavalo
Só compra carro importado
Eu conservo a minha tropa
E o meu cavalo ensinado
O fazendeiro moderno
Só me chama de quadrado
Namorando a mesma moça
Veja só o resultado.
Um dia a moça falou
Pra não haver discussão
Vamos fazer uma aposta
A corrida da paixão
Grã-fino corre no carro
Você no seu alazão
Eu vou pra minha fazenda
Esperar lá no portão
Quem dos dois chegar primeiro
Vai ganhar meu coração.
Ele calibrou os pneus
Apertou bem as ruela
Eu ferrei o meu cavalo
Que tem asas nas canelas
O grã-fino entrou no carro
Pulei em cima da cela
Ele funcionou o motor
Fechou as quatro janelas
Chamei o macho na espora
Bem por baixo das costelas.
Eu entrei pelo atalho
Pulando cerca e pinguela
Quando terninou o asfalto
Ele entrei numa esparrela
Numa estrada boidadeira
Toda cheia de cancela
Cheguei no portão primeiro
Dei um beijo na donzela
Quando o grã-fino chegou
Eu já estava nos braços dela
O progresso é coisa boa
Reconheço e não discuto
Mas aqui no meu sertão
O meu cavalo é absoluto
Foi Deus e natureza
Que criou esse produto
Essa vitória foi minha
E do meu cavalo enxuto
A menina hoje vive
Nos braços desse matuto.



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