
Cantautores
Mauro Moraes
Aquele verso matreiro, arisco e veiaco
Atrelado ao peito, atento ao campo
Vem dar de rédeas pra outro lado
Com rumo oposto ao que seguiu
Acompanhado além das conta
Despontando o gado pelas nascentes
Fazendo parelha com a alma dos bastos
Pra chegar empatado no fim do laço
Acostumado a remanescer de relancina
Depois de uma ausência, depois de estropiado
Aquele verso esquentado peleia com a rima
Ainda que exausto sentido dos cascos
Onde se encontram estrelas vivendo colheita
Abrindo picada, compondo morada
De alma lavada, de sorte clavada
Com a cancha golpeada de gaita e violão
Cantautores, guitarreiros
Domadores, milongueiros
Somos da manilha dos regionais



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