
Cordeiros Não Fazem Revoluções
Michel F.M.
Desconcentro-me se permanecer estático,
O deslocamento desordenado me afervora,
Incitando o liame que une as múltiplas vertentes
Que residem em meu emaranhado de titubeações.
Sou sugado selvagemente por surtos incontidos
De iluminação e um subseqüente mergulho
No alcatrão do irresoluto.
Em minha opinião discrepante
Sou demasiadamente subestimado,
Alguns apelidam-me de nômade, outros de bárbaro,
Tem aqueles que definem minhas colocações
Como dignas de um aborígine.
Contudo, tais elogios me são incomparavelmente
Mais exuberantes e formosos do que se referissem
A mim como um ser civilizado, não sou civilizado,
Não sou cortês, sou o inverso,
Escandalizo para obter o respeito,
Sou incitador, provocador, contestador,
Alimento-me de simpatia e antipatia,
Apatia comigo não funciona,
Sou vencedor e perdedor,
Jamais empatador.
Convivo com a dor e não a renego
Nem almejo substituí-la,
É devido á ela que aprendi a dar valor
Nas vastas contingências que nos rodeiam.
Os cordeiros não fazem revoluções, eles pastam.
Estava errado quem disse
Que há um espaço para todos,
Porque nós não queremos um espaço,
Nós queremos o todo.



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