Estrela do Cabaré

E eis que ela surge seminua, com pancake de morena
De mesa em mesa, nos alucinando com seu cheiro de alfazema
Cantando um bolerão lacrimejado – e a letra não faz sentido
Recebe flor de um fã emocionado, e acho que era o seu marido

Mudou um pouco o show: Em vez de Liza, faz dublagem da Joanna
Lindo vestido, misto de abiê com fantasia de baiana
Exibe o esplendor dos vinte e quatro, esculpido em silicone
E pra mudar o clima canta um samba, cópia fiel da Alcione

É sempre às três e quinze da manhã que ela atinge o ponto alto
Pois canta Ave Maria em falsete, com forte voz de contralto
Depois de ovacionada, se retira – ainda de batom, mas sem peruca
Segue de táxi para algum subúrbio, onde volta a ser o Juca

Pois canta Ave Maria em falsete, com forte voz de contralto
Depois de ovacionada, se retira – ainda de batom, mas sem peruca
Segue de táxi para algum subúrbio, onde volta a ser o Juca

Depois de ovacionada, se retira – ainda de batom, mas sem peruca
Segue de táxi para algum subúrbio, onde volta a ser o Juca