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Hoje Quem Paga Sou Eu

Nelson Gonçalves

Antigamente nos meus tempos de ventura
Quando eu voltava do trabalho para o lar
Deste bar alguém gritava com ironia
Entra mano, o fulano vai pagar

Havia sempre alguém pagando um trago
Pelo simples direito de falar
Havia sempre uma tragédia entre dois copos
Nas gargalhadas de um infeliz a soluçar

Eu sabia que era um estranho desse meio
Um estrangeiro na fronteira desse bar
Mas bebia, outros pagavam e eu partia
Para o mundo abençoado do meu lar

Hoje, faço deste bar a sucursal
Do meu lar que atualmente não existe
Tenho minha história pra contar
Uma história que é igual, amarga e triste

Sou apenas uma sombra que mergulha
No oceano de bebida, o seu passado
Faço parte dessa estranha confraria
Do vermuth, do conhaque e do traçado

Mas se passa pela rua algum amigo
Em cuja porta a desgraça não bateu
Grito que entre neste bar beba comigo
Hoje quem paga sou eu!

Hoje, faço deste bar a sucursal
Do meu lar que atualmente não existe
Tenho minha história pra contar
Uma história que é igual, amarga e triste

Sou apenas uma sombra que mergulha
No oceano de bebida, o seu passado
Faço parte dessa estranha confraria
Do vermuth, do conhaque e do traçado

Mas se passa pela rua algum amigo
Em cuja porta a desgraça não bateu
Grito que entre neste bar beba comigo
Hoje quem paga sou eu!

Escrita por: Herivelto Martins / David Nasser. ¿Los datos están equivocados? Avísanos.
Enviada por fabiano. Revisiones por 2 personas. ¿Viste algún error? Envíanos una revisión.

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