Filosofia de Gaudério

Filosofía de Gauderius

Filosofia de Gaudério

Señores, disculpen, la licencia pide atención
Senhores, peço licença, licença pede atenção
Que junto a mi guitarra en estilo misionero
Que junto com meu violão num estilo missioneiro
En un lamento muy campestre de Gaudério Payador
Num lamento bem campeiro de gaudério payador
Porque ser gaucho señor que existe en toda la pampa
Pois ser gaúcho senhor que em toda a pampa existe
Es el hombre que canta triste por eso yo nací cantante
É o homem que canta triste por isso eu nasci cantor

Te pido disculpas mi pobre lenguaje
Peço perdão aos senhores a minha xucra linguagem
Porque en ella traigo la imagen de la pampa de muchos años
Pois nela eu trago a imagem da pampa de muitos anos
De indios sudamericanos bordeados por el heroísmo
De índio sulamericano bordoneado de heroísmo
Y mi aticismo criollo en gesto de reverencia
E o meu crioulo aticismo num gesto de reverência
Obligar a mi inteligencia a ser poeta sin catecismo
Força minha inteligência ser poeta sem catecismo

Aprendí a cantar versos en la universidad campeira
Eu aprendi cantar versos em faculdade campeira
En reuniones de galponeiras y en bolos de campaña
Em reuniões galponeiras e em bolichos de campanha
Tomando un sorbo de caña para estrechar la garganta
Tomando um trago de canha para afinar a garganta
Para los que cantan agitada necesidad de inteligencia
Pois necessita quem canta inteligência agitada
Si tomas una ronda da un grito y levántate
Se acaso levar rodada dá um gritito e se levanta

Son versos de selva y campo, se pierden en el viento teatino
São versos de selva e campo, se perdem ao vento teatino
Repetir mi destino conquista mis pensamientos
Repontando o meu destino campeia meu pensamento
Continúan junto con el viento que cae en asistencia
Seguem juntitos com o vento se amadrinhando comparças
Como dos nubes dispersas en mutuo solidarismo
Qual duas nuvens esparças em mutuo solidarismo
Acariciando el lirismo de una bandada de garzas blancas
Acariciando o lirismo de um branco bando de garças

Caminé por tierras extrañas, en el mundo aprendí mucho
Andei por terras estranhas, no mundo muito aprendi
Del idioma guaraní al español clásico
Desde a língua guarany ao clássico espanhol
Camperei de sol a sol en resorts fronterizos
Camperei de Sol à Sol nas estâncias de fronteiras
Luché y corrí carreras monté en un potro
Pelei e corri carreiras montei em potro aporreado
Solo honores le he dado a mi tierra misionera
Só honras eu tenho dado a minha terra missioneira

Hay mucha gente que habla de mi vino Teatino
Tem muita gente que fala do meu vier teatino
Pero traiciono mi destino como dicta la ley divina
Mas eu transo meu destino como manda a lei divina
Estas son las órdenes que vienen del omnipotente jefe
São ordens que vem de cima do patrão onipotente
Solo la gente que lo siente pasa una noche entera
Somente a gente que sente se ronda uma noite inteira
Cuando una estrella de mierda se pierde en el continente
Quando uma estrela matreira se perde no continente

Más triste que Urutau, más negro que el humedal
Mais triste que urutau, mais xucro que pantanal
Mi canto tradicional cruzará mil fronteras
Meu canto tradicional há de cruzar mil fronteiras
En cobertizos de novelas románticas de mi rincón
Em toadas galponeiras romances do meu rincão
En un arrebato de un peón que aprende a cantar solo
Num desabafo de peão que aprende cantar solito
Cuando de noche te da miedo la soledad
Quando de noite ao tranquito dá medo da solidão

Nunca cantaré para el mal, mis versos son para el bien
Nunca vou cantar pra o mal, meus versos são para o bem
Me vienen muchas caricias cuando me encuentro pagando
Muitos carinhos me vem quando me encontro payando
Y si soy un pobre peón, caminaré y si soy feliz con mi canto
E se for peão pobre ando e se me alegro com meu canto
Mis versos oliendo campo me hace predecir soñador
Meus versos cheirando campo faz me prever sonhador
Que si nací para cantar moriré cantando
Que se eu nasci pra cantor eu hei de morrer cantando