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Manifesto #1 - A Rua Cercada Por Divisão (part. Real Fubá e MC Poze do Rodo)

Oruam

Letra
    Significado

    (E-e-ei, Elow)
    (It's Alwin)
    Assim, ó

    A rua cercada por divisão
    Menorzin faz sinal de facção
    Cabelo vermelho, porque nós tá se matando
    Enquanto esses filha da puta tá dormindo numa mansão

    Um menor de fuzil é crítica social
    Por que, ao invés de matar, vocês não dá estudo?
    Ontem no morro, mais uma mãe de luto
    E esses filha da puta tão rindo na nossa cara
    Se botar na ponta do lápis
    A caneta mata mais do que o fuzil
    Por isso eu carrego ódio nas minhas frases
    E uma hora eles vão ter que me escutar

    (E aí, Fubá?) uh, uh
    Se eu falar que eu gosto da polícia, eu tô mentindo
    Vítima dessa guerra do Estado, foda é que só sangra pro meu lado
    Lá na oito não soube brindado, várias arma, pique no free fire
    De boné pra trás, puto fumando um baseado
    Pensando no mano que eu já perdi com o tempo
    Mas isso são coisas de momento, as dores vai com o tempo
    Tu sabe que o menorzin tem talento

    Menor que nunca teve nada puto na esquina
    Fumando da forte saudade dos meus cria
    Até tem uns manin privado, mas é a vida
    Diário de um menor, relato de um cria
    E se eu falar que eu tô boladão na esquina
    E se eu falar que o crime foi minha saída
    E se eu falar que eu aprendi na escola da vida
    Que no meio de ninguém não se desmerece um cria

    Pelo plantão com os cria, sempre faço a vibe
    Pela selva, tô sempre acelerando de nave
    Essa mina me ligou hoje, quer mais tarde
    Pedindo TBT do que rolou no baile
    Sentando por cima, tá na onda
    Jogando pros cria na onda do Black Lança
    Ritminho da selva e a tua bunda balança
    Quer brotar na base, mas, novinha, não explana
    No final de tudo, ela fala que me ama

    Um menor de fuzil é crítica social
    Por que, ao invés de matar, vocês não dá estudo?
    Ontem no morro, mais uma mãe de luto
    E esses filha da puta tão rindo na nossa cara
    Se botar na ponta do lápis
    A caneta mata mais do que o fuzil
    Por isso eu carrego ódio nas minhas frases
    E uma hora eles vão ter que me escutar

    O peso amargo de perder uma luta
    O choro de uma mãe a favela toda escuta
    Nas cores do Brasil tá faltando uma cor
    Vermelho, que era do sangue do morador
    O Estado tava só fazendo o seu trabalho
    Matando um inocente lá no Santo Amaro
    Depois cês vão falar que o problema sou eu
    Mas as armas que aqui tem foi vocês que vendeu

    Diz que eu sou novinho e já rodei o artigo 12
    Fala da minha pose como se não tivesse cometido erro algum
    É que eles comemora quando a favela chora, eu
    Só vou aceitar minha vitória quando o pobre parar de morrer
    É que eles comemora quando a favela chora, eu
    Só vou aceitar minha vitória quando o pobre parar de sofrer

    Um menor de fuzil é crítica social
    Por que, ao invés de matar, vocês não dá estudo?
    Ontem no morro, mais uma mãe de luto
    E esses filha da puta tão rindo na nossa cara
    Se botar na ponta do lápis
    A caneta mata mais do que o fuzil
    Por isso eu carrego ódio nas minhas frases
    E uma hora eles vão ter que me escutar


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