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Cortina de Ferro
Paulinho Pedra Azul
Cortina de hierro
Cortina de Ferro
Y los muertos hablan más
E os mortos já falam mais
Y los vivos ya no viven, nunca
E os vivos não vivem mais, jamais
Las puertas son sanciones de los tribunales penales
As portas são penas de cortes penais
Cortinas de hierro una corbata más
Cortinas de ferro um laço a mais
Cuanto más somos santos detrás de las cortinas
A mais somos santos detrás das cortinas
Tanta amargura por un corazón
Tantas amarguras pra um só coração
Vivimos de anuncios charadas y cortes
Vivemos de anúncios charadas e cortes
Corte de cuchillos, de fondos de daga
Cortadas de facas, de fundos punhais
Los gritos silenciosos y el dolor penetrante
Os gritos calados e a dor penetrante
Y las túnicas de los nobles cubriendo a los chacales
E as vestes dos nobres cobrindo os chacais
Si abrimos las bocas de puertas prohibidas
Se abrirmos as bocas das portas proibidas
Encontramos comida para la inanición para matar
Achamos comidas pra fome matar
Pero nunca abriremos cortinas de hierro
Mas nunca abriremos cortinas de ferro
Porque nuestros problemas son para la vida
Pois nossos problemas são pra toda vida
Que la carne que falta se ha ido, nada más
Que a carne sumida, sumiu, nada mais
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