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Na Mira do Bodoque

Paulo Mattos

Nas profundezas das bibocas eu nasci
Onde a esperança não chegou pra visitar
Senti na pele a solidão de um bem-te-vi
Sem rumo certo comecei a caminhar

As águas passam e o rio faz seu caminho
Mesmo sozinho, ele sabe onde chegar
Nas margens turvas, ao cantar de um passarinho
Ouvi seu canto e bati asas pra voar

Em cada pedra que em meu peito fez morada
Em cada pealo em que o chão me resgatou
Houve um momento de ternura disfarçada
Que só o tempo com o tempo me ensinou
Já não me importo se vou levando pedrada
A vida ensina e tenho muito que aprender
Pois dessas pedras fui moldando minha estrada
E hoje são trilhos pros meus filhos percorrer

É bem assim sem rumo certo que saímos
Fazendo planos de encontrar os nossos ninhos
Tal qual o rio é o percurso que seguimos
Voamos longe como migram passarinhos

Em cada pena que eu perco em meu penar
Que irá ficar pra amaciar essa jornada
Cheia de curvas onde temos que trilhar
Frente ao bodoque, sob a mira da pedrada


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